29/01/2013

E onde estava Deus?



     Diante da tragédia ocorrida em Santa Maria, ressurge uma pergunta silenciosa que preocupa muitas pessoas: Onde estava Deus? Por que Ele permitiu isso?
Essas perguntas já foram feitas e discutidas várias vezes na história da humanidade. Em 1710 o filósofo alemão Gottfried Leibniz usou pela primeira vez o termo grego “Teodiceia”, termo que ficou conhecido como a tentativa de defender Deus diante de acusações do tipo: “Se Deus é o Todo-poderoso, por que o mal existe?” 


      O problema todo surge de três afirmações que racionalmente não podem coexistir: 1 – Deus Existe; 2 – Deus é Todo-Poderoso; 3 – O mal existe. Se Deus existe e é Todo-poderoso, como é que o mal existe? A este problema foram dadas várias explicações ao longo dos séculos, contudo nenhuma respondeu completamente a pergunta.
      Se Deus é bom e amoroso, por que permitiu essa tragédia? Onde estava Deus? Poderíamos tentar praticar a teodiceia e procurar alguma desculpa para Deus. Por exemplo: “A culpa não foi de Deus, mas sim, do ser humano que não fez a sua parte.” A princípio podemos até concordar com essa resposta. Mas, se Deus é Todo-poderoso, é bom e amoroso, Ele não poderia ter evitado?
     A primeira parte da resposta a essas perguntas deveria ser: não sei! Por que Deus permitiu? Não sei!    Deus não nos deu a resposta sobre todas as coisas. Martinho Lutero disse: “Deus não é para ser explicado, mas sim, anunciado.” Nossa função não é a de defender Deus, mas sim, anunciar o seu amor.
      Se a primeira parte da resposta foi: “Não sei!”; o que é que nós sabemos sobre Deus para dizer a estas pessoas? Se Deus não revelou a resposta exata sobre a existência do mal, o que é que Ele revelou claramente a nós para anunciarmos?
     Deus se revelou completamente ao ser humano quando se fez homem e habitou entre nós. Nós conhecemos Deus através de Jesus Cristo. Se procuramos respostas divinas, é nEle que devemos acha-las.
     Por que Deus permitiu essa tragédia? Não sei! Onde estava Deus? Deus estava lá, através do Deus que conhecemos – Jesus Cristo, anunciando pela boca do povo de Deus: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá”. (Jo 11.25) Diante da morte não há consolo. Contudo Jesus não promete morte, mas sim, vida a todo que nele crer. Essa é a esperança e a única resposta. Eis o amor, bondade e Todo-Poder do Deus que existe e se doa pelo ser humano. E que “deixemos Deus ser Deus!” Amém.

Pastor Ismael Verdin

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